CBMPR renova equipe no RS; fase atual exige trabalho minucioso 17/09/2023 - 18:36

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) terá uma equipe renovada para mais uma semana de atuação no Rio Grande do Sul, onde vem realizando ações de busca, salvamento e ajuda humanitária desde 6 de setembro. O território gaúcho vive situação de emergência em função dos estragos causados pela passagem de um ciclone extratropical. Na última semana, a força-tarefa paranaense, composta por 63 bombeiros e 3 cães, encontrou os corpos de duas vítimas da tragédia - as duas únicas encontradas nesse período.

Para manter os trabalhos em andamento, neste fim de semana novos profissionais seguiram para o Rio Grande do Sul para substituir aqueles que estavam no local. Deixam a região 62 integrantes do grupo original e outros 22 chegam para a função. Com a movimentação, o contingente em ação na Operação Vale do Taquari passa a ser de 23 bombeiros e 3 cães.

“Foram enviados profissionais altamente qualificados, que trabalharam debaixo de chuva, calor, frio, lama, desde cedo até a noite, com muita motivação e vibração. A impressão local é a melhor possível”, escreveu o Major Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) e da missão em solo gaúcho, agradecendo as unidades operacionais envolvidas na força-tarefa. 

O posto de comando da operação paranaense foi estabelecido na cidade de Colinas, no Vale do Taquari, região duramente castigada pelos ventos fortes e pelas enchentes, em especial pela cheia do Rio Taquari. “A gente trabalha com a informação de nove desaparecidos. A área em que estamos é onde grande parte dos escombros que desceram rio abaixo, das cidades de Roca Sales, Muçum e Encantado vieram parar. Foi onde localizamos o corpo na segunda-feira passada”, contou o Major Greinert. “São entulhos muito grandes, de 10 metros, tem casa inteira encostada, muita geladeira. É um trabalho minucioso com máquinas, para retirar esses materiais que se acumularam após serem carregados pelas enxurradas e poder utilizar os cachorros”, complementou.

Segundo o comandante da missão, as próximas semanas vão demandar muita paciência e trabalho incessante na busca pelas 9 pessoas desaparecidas. “Entramos em uma fase muito técnica, muito lenta. Isso é normal; aconteceu em Brumadinho e no Rio de Janeiro, por exemplo”, afirmou. “A área de busca aqui no Rio Grande do Sul é gigantesca. São 60 quilômetros lineares. Tudo vai ter que ser vistoriado, investigado. Uma operação longa e demorada”.

Até por isso, o CBMPR tem servido como importante ponto de apoio para os bombeiros gaúchos. A equipe da Operação Vale do Taquari tem feito a verificação dos locais, em meio a metros de entulhos, com uso de maquinário pesado, inclusive, e feito apontamentos para que os coirmãos possam concentrar esforços nos pontos em que haja mais possibilidade de encontrar vítimas.

Esse esforço dos profissionais do Paraná não foi ignorado pelos moradores, que têm sido também úteis oferecendo informações aos bombeiros. Uma troca positiva em prol do sucesso da missão. “A população está muito receptiva. A região foi muito destruída, então, eles estão precisando desse apoio. Temos conversado com a população, escutamos as sugestões que eles dão. Na verdade, estamos integrados. É como se a gente fosse local aqui”, observou o Major Gabriel Greinert.

FONTE: ASSECOM/CBMPR

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