Ao todo, foram nove (9) dias de operação, uma área queimada de aproximadamente 26 alqueires do morro Araçatuba, 60 pessoas empregadas por dia, 5 viaturas do Corpo de Bombeiros e 1 helicóptero. Assim foi uma das maiores operações já realizadas pelo Corpo de Bombeiros do Paraná em uma ocorrência de combate a incêndios florestais neste ano.

O Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná esteve presente desde o dia 27 de julho até o dia 04 de agosto na ocorrência de incêndio florestal no Morro Araçatuba em Tijucas do Sul. A operação, devido à sua complexidade, demandou mobilização da Corporação que, por meio da implantação de uma ferramenta de gerenciamento chamada de Sistema de Comando de Incidente (SCI) e o emprego de mais de 60 Bombeiros Militares por dia, cinco viaturas e uma aeronave, garantiu uma resposta rápida e eficiente para a situação.


O primeiro acionamento de uma guarnição para o local foi do Posto de Bombeiros Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e ocorreu na noite do dia 27 de julho. A guarnição seguiu para o local, porém não houve intervenção devido ao alto risco de combate noturno e do difícil acesso aos focos do incêndio.

Na sexta-feira, 28 de julho, o Corpo de Bombeiros de São José dos Pinhais foi novamente acionado para o local onde o comandante e o subcomandante do 6º Grupamento de Bombeiros, com apoio aéreo do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), realizaram um sobrevoo na região e conseguiram guiar as guarnições para a chegada nos focos de incêndio, porém como era próximo do pôr do sol e o tempo estava fechado, a aeronave suspendeu as atividades. Naquele dia as guarnições conseguiram extinguir os focos de incêndio mais próximos.


Na tarde de sábado, 29 de julho, houve mais um acionamento para a situação. Deslocaram para o Araçatuba oito bombeiros que constataram que os focos de incêndio isolados estavam aumentando. Os mesmos combateram os focos até o anoitecer, no entanto já havia focos que estavam fora do controle.
No domingo, 30 de julho, uma equipe composta por oito bombeiros permaneceu no local realizando o combate e monitorando a área. Além disso, com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb), foram realizadas diligências na região, dada a possibilidade de se tratar de um incêndio criminoso.

Mesmo com o contínuo combate e monitoramento da região durante todo o final de semana, foi observada a necessidade de realizar uma operação com maiores recursos, então, a partir da segunda-feira, dia 31 de julho, foi implantado o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), uma ferramenta internacional de gerenciamento de operações, usada para padronizar e otimizar recursos materiais e pessoais durante as ocorrências de maior complexidade. Com um Posto de Comando localizado em um sítio na base do morro, a situação demandou grande infra-estrutura, com local para preparo de alimentação, reserva de materiais, alojamentos e heliponto.


Foram mobilizados 30 alunos do Curso de Prevenção Contra Incêndios Florestais, com base no 6º GB. Também estiveram apoiando a operação militares do Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb), voluntários da Federação Paranaense de Montanhismo (FEPAM) e alunos do curso de formação de sargentos com 30 bombeiros que pernoitaram no local por duas noites para monitorar a situação. A operação ainda contou com o apoio primordial do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) que prestou auxílio com a aeronave Falcão 04, realizando o transporte de pessoal e material, além de alimentação para os pontos de difícil acesso no morro. Pela primeira vez em situação emergencial foi usado o “Bambi Bucket”, que se trata de um helibalde que capta água de lagos ou outras fontes e lança nos focos de incêndio uma quantidade de até 550 litros de água.

Após vários dias de combate e monitoramento, na madrugada de quarta-feira para quinta-feira o tempo ajudou e caiu a chuva, molhando e resfriando o solo, vindo a dificultar a queima. Esse fato solidificou o trabalho bem executado por todos envolvidos na ocorrência, mas não foi preponderante para a desmobilização das equipes que continuaram no local fazendo incursões no morro para rastrear possíveis focos que pudessem resistir e se propagar novamente. Na noite de quinta-feira, dia 3 de agosto, os alunos do Curso de Prevenção Contra Incêndios Florestais permaneceram no Araçatuba realizando monitoramento e mapeamento das áreas afetadas, sendo que a ocorrência só foi encerrada no dia 4 de agosto, sexta-feira.