Mais estrutura e mais ocorrências: o verão do CBMPR em números 28/02/2024 - 16:09

A temporada de verão 2023/2024 foi marcada por muito movimento nas praias e prainhas artificiais do Paraná. Essa alta na procura por ambientes aquáticos ocasionou também o aumento em praticamente todos os números de atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) no Verão Maior Paraná.

No período de atendimento reforçado nas regiões com ambientes aquáticos, entre 16 de dezembro e 25 de fevereiro, 698 bombeiros militares e 271 guarda-vidas civis atuaram em 121 postos de guarda-vidas. Em comparação com a temporada anterior, isso significa um aumento de 10% no efetivo de bombeiros militares - haviam sido 635 em 2022/2023; 70% a mais de guarda-vidas civis - 159 no ano anterior; e um crescimento de 7% no número de postos de guarda-vidas à disposição da população - eram 113.

“Tivemos uma grande operação realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, com o emprego de mais de 800 bombeiros, com equipamentos, viaturas, barcos modernos, e com isso nós tivemos uma amplitude nas ações preventivas realizadas por cada guarda-vida que esteve presente, salvaguardando a vida dos nossos paranaenses e de todos os turistas que visitaram o nosso litoral”, resumiu o comandante-geral do CBMPR, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior.

Em termos de estrutura para o atendimento aos banhistas, também houve elevação na quantidade de veículos (terrestres e aquáticos) voltados para essa operação. Dos 153 destinados a esse fim no verão passado, chegou-se a 196 na atual temporada - 28% a mais.

Mais estrutura à disposição, maior efetivo na areia, mas também mais trabalho e com maior intensidade. Ao todo, foram registrados 1.701 salvamentos aquáticos no estado - considerando mar, lagos e rios. São 32,6% de ocorrências a mais do que as 1.283 da edição 2022/2023 da operação. 

Os dados de salvamentos incluem resgates de pessoas em dificuldades na água, mas ainda sem entrarem em processo de afogamento, e também o socorro a quem já está se afogando de fato. A atuação em casos de afogamento mais do que dobrou de um ano para o outro. De 73 para 156 - salto de 113,70%. Os resgates subiram cerca de 28%, de 1.210 para 1.545.

Não foi apenas o trabalho reativo que cresceu. Justamente para ajudar a minimizar o aumento dos incidentes, a prevenção ganhou atenção redobrada. Ações preventivas, que incluem sinalização de locais de banho e de perigo, orientações aos veranistas, e advertências para quem está em situação ou com comportamento de risco, saltaram 71% de uma temporada para a outra, saindo de 189.586 para 324.397.

Apesar de todo o esforço de conscientização e de orientação aos banhistas, muita gente ainda arrisca a vida em locais inapropriados para banho, sem a presença de postos de guarda-vidas ou fora do horário de funcionamento desses postos. Foi assim que 18 pessoas perderam a vida por afogamento no Verão Maior Paraná - três a mais do que em 2022/2023. Um aumento de 20%.

Outra grande preocupação durante esse período foi com as crianças. Ao todo, 816 meninos e meninas se perderam de seus pais ou responsáveis durante o momento de diversão e foram localizados pelos guarda-vidas em ação nas praias e prainhas do estado. Como esse número havia sido de 599 em 2022/2023, o aumento desse tipo de ocorrência acabou sendo de 36%.

Já a distribuição de pulseirinhas de identificação feita pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná registrou discreta redução na procura. No verão passado tinham sido colocadas 11.532 pulseiras em crianças; agora, foram 11.445. Redução de menos de 1%. Vale lembrar que outras forças de segurança também entregaram o item aos pais.

Acidentes com animais aquáticos, especialmente águas-vivas e caravelas, foram menos frequentes neste ano: 899 ocorrências. Na temporada anterior, haviam sido 5.164, o que significa decréscimo de 83%.

Embora o verão traga naturalmente uma elevação nos atendimentos ligados às praias e aos ambientes de meios líquidos, outras ocorrências também exigiram mais dos bombeiros militares nesse período em relação ao ano anterior. O principal aumento foi nas chamadas de emergências médicas, o atendimento pré-hospitalar: 53%, passando de 807 (2022/2023) para 1.234 (2023/2024).

Os acidentes de trânsito replicaram esse movimento de alta, mas em um patamar menor, de 15%. Esse tipo de situação exigiu 755 intervenções dos bombeiros militares na temporada passada; neste ano, foram 870. Os incêndios, por sua vez, demandaram 329 atuações, contra 241 do período anterior. Alta de 36,5%.

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