Resgates aquáticos ganham agilidade com helicóptero do governo do Paraná 10/01/2010 - 08:00

Por Marcia Santos
Jornalista PMPR

Resgates aquáticos e transportes emergenciais de vítimas graves a centros médicos de maior complexidade ganharam mais agilidade com as operações do helicóptero do Governo do Paraná. A aeronave transporta vítimas do litoral do Estado ao Hospital Regional de Paranaguá e a Curitiba em tempo inferior a 30 minutos.

“Em patrulhamentos na costa, a aeronave permite uma visualização de longa distância. É uma plataforma de observação. A eficiência desse meio de transporte é muito grande porque ela reduz o tempo deslocamento para hospitais e coloca a equipe médica diretamente na ocorrência”, explicou o comandante da Sub-Área III – Guaratuba, do Corpo de Bombeiros na Operação Viva o Verão, capitão Emannuel Benghi Pinto.

De acordo com o comandante, os volumes e a complexidade das ocorrências cresceram em relação à temporada passada. “O número de veranistas é 30% superior ao do ano passado. Em menos de um mês de operação, foram realizados oito transportes aeromédicos, três buscas de embarcação em alto mar e um salvamento no mar”, afirmou.

“Em 2008, não houve nenhum salvamento aquático. Em toda temporada foram realizadas oito buscas aquáticas, 31 remoções aeromédicas e 14 patrulhamentos litorâneos”, explicou Emannuel.

Os resgates são realizados por meio do “Puçá”, espécie de rede utilizada para a retirada de vítimas do mar, ou através do lançamento de um guarda-vidas, a partir da aeronave. “A configuração da aeronave depende do tipo de ocorrência. O helicóptero pode ser usado para transporte aeromédico de urgência, salvamento de vítimas próximas à costa e resgate em locais de difícil acesso”, explicou o comandante.

RESGATE - Em um dos patrulhamentos realizados nos balneários de Pontal do Paraná, a tripulação avistou uma criança a 50 metros da orla, já sem forças. Um guarda-vidas foi lançado próximo à vítima e uma embarcação do tipo Barco Inflável de Salvamento foi utilizada para o transporte da garota até a areia.

A rápida intervenção do Corpo de Bombeiros salvou a vida de Amanda Camargo dos Santos, de 11 anos, que já estava praticamente sem reação e com sinais vitais fracos. “A ação dos guarda-vidas foi muito rápida e eficiente. Se eles tivessem demorado alguns segundos a mais, minha filha não teria sobrevivido”, contou a mãe da menina, Solange Correia.

A família de Amanda mora em Campo Magro e todos os anos passa as férias no litoral do estado. “Estava brincando no mar e a água me puxou para o fundo. Quando vi já não dava pé, estava longe da praia. Como não sabia nadar ficou mais difícil voltar. O atendimento foi muito legal”, contou Amanda.

Fotos: Arquivo BM