Durante toda a temporada, mas principalmente nos finais de semana e feriados, o helicóptero do governo do Estado tem sido uma grande ferramenta para os trabalhos relacionados a resgates aquáticos e ao transporte emergencial de vítimas graves a centros médicos de maior complexidade.

Em patrulhamentos na costa, ele permite uma visualização de longa distância por parte da tripulação que, de acordo com a necessidade, repassa dados a embarcações de resgate, e também faz salvamentos de vítimas afastadas da orla. Os resgates podem ocorrer através do “Puçá” (espécie de rede utilizada para a retirada de vítimas do mar) ou através do lançamento de um guarda-vidas, a partir da aeronave.

RESGATE: Na manhã deste sábado, 02 de Janeiro, 3 vítimas foram resgatadas em duas situações distintas, em Santa Terezinha. Em patrulhamento nos balneários de Pontal do Paraná, a tripulação avistou uma criança que estava a pelo menos 50 metros da orla, já sem forças e praticamente sem reação. Imediatamente um guarda-vidas foi lançado próximo à vítima, o que garantiu rápida intervenção e manutenção de seus sinais vitais.

Diante das condições extremas do mar, uma embarcação do tipo BIS (Barco Inflável de Salvamento), que tem características próprias para utilização na linha de arrebentação de ondas, foi utilizada para o transporte da garota até a areia. Ela foi encaminhada ao Pronto Socorro de Praia de Leste através de uma ambulância do SIATE.Durante o mesmo patrulhamento, pai e filho também tiveram a mesma sorte de serem resgatados pelo Guarda Vidas, que novamente foi lançado da aeronave, a fim de resgatar as vítimas que necessitavam de ajuda. O helicóptero consegue realizar o transporte de vítimas do litoral do Estado ao Hospital Regional de Paranaguá (referência no atendimento ao afogado e a traumas) em tempo inferior a 10 minutos. No caso de transporte a Curitiba, consegue-se um tempo próximo aos 20 minutos.

Em meios convencionais, como uma ambulância, por exemplo, este tempo não seria menor do que 2 horas. Quando configurado para o transporte de duas macas, o helicóptero tem maior eficiência, principalmente se as duas vítimas puderem ser direcionadas ao mesmo centro médico. Diversos protocolos internacionais orientam que o atendimento a vítimas com problemas cardíacos, deve ser iniciado dentro de um centro médico de alta complexidade, nas primeiras três horas após o início dos sintomas. Já as vítimas de trauma grave, como vítimas de afogamento, segundo o Colégio Americano de Cirurgiões, devem chegar aos centros médicos nos primeiros 60 minutos após o incidente.