Bombeiros do Paraná usam bandeiras para orientar banhistas 18/12/2023 - 15:49

A temporada de verão é o principal momento de diversão e descanso do ano, com milhares de paranaenses se deslocando para as praias ou buscando entretenimento em ambientes balneários, em especial as prainhas artificiais espalhadas pelo interior do Paraná. Para que esse momento de lazer não tenha sua tranquilidade ameaçada, é fundamental que a população procure se refrescar, mergulhar ou nadar apenas em locais atendidos pelos guarda-vidas. São 120 postos de guarda-vidas em todo o estado.

A identificação desses espaços é feita pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) com o uso de um sistema de sinalização por bandeiras, que segue um padrão internacional, e também é utilizado para orientar a população sobre as condições para banho e eventuais pontos de perigo, por exemplo. Conhecer o significado de cada bandeira é o primeiro passo para evitar transtornos desnecessários.

Assim, a primeira bandeira que deve ser identificada pelos veranistas é dividida em duas cores – metade vermelha e metade amarela. “É uma bandeira que indica que aquela área está constantemente monitorada e protegida por guarda-vidas. É o local que as pessoas devem procurar para ter um banho seguro”, orienta o major Fabrício Frazatto dos Santos, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros (8º GB), com sede em Paranaguá. Elas são colocadas de forma a indicar o início e o fim de um trecho coberto por posto de guarda-vidas.

A orientação é sempre entrar na água nos espaços entre duas bandeiras desse tipo, pois, em caso de emergência, o tempo de resposta para atendimento é muito mais curto, aumentando o sucesso das operações de resgate. Normalmente, elas delimitam uma área de cerca de 250 metros, em que o posto permanente de guarda-vidas se localiza no meio. “Dentro de uma área protegida por guarda-vidas, nosso atendimento acaba ocorrendo de forma imediata”, reforça o comandante do 8º GB.

A mesma ação rápida, no entanto, não ocorre nas regiões marcadas com bandeiras pretas – cujo objetivo é indicar a ausência de postos fixos de guarda-vidas, elevando o perigo em caso de afogamento. Isso porque a falta de um monitoramento constante pode interferir na velocidade da resposta operacional, dependendo do tempo até a notificação da ocorrência e do deslocamento necessário para que um guarda-vidas chegue ao local. E tempo é fator crucial para o bom resultado das operações de socorro. O ideal é evitar entrar na água em território marcado pela bandeira preta. “Há patrulhamentos nesses locais com uso de tático-móveis, quadriciclos, motocicletas, bicicletas, orientando as pessoas que estão ali a procurarem os locais protegidos, onde estão os nossos postos de guarda-vidas”, relata o major Frazatto.

Três cores – Dentro das áreas atendidas por postos de guarda-vidas – aquelas que ficam entre duas bandeiras amarelas e vermelhas –, é possível encontrar outras três cores de bandeiras para servir de sinalização para os banhistas. A verde significa que as condições de banho são boas e o risco de incidentes é mínimo; a amarela alerta para a presença de fatores de risco que demandam cuidado extra na água, como ondas ou correntes marítimas mais fortes; a vermelha, por sua vez, indica que o local é inadequado para banho, apresentando alto risco de afogamento.

Outra bandeira que pode ser encontrada, com menor frequência, é a duplo vermelha – duas bandeiras vermelhas no mesmo mastro –, que informa que aquele espaço está interditado para banho devido a fatores de segurança, tais como chuva muito forte, ressaca, alta incidência de raios, quantidade excessiva de águas vivas ou caravelas causando queimaduras, entre outros. Nessas ocasiões, ninguém deve permanecer na praia, inclusive os guarda-vidas.

Mesmo nos locais vigiados de perto pelos guarda-vidas, é preciso tomar cuidado para evitar incidentes. Saltar ou mergulhar de pedras, por exemplo, seja no litoral ou em rios, é muito arriscado, especialmente quando não se conhece a profundidade e a composição do terreno. Em cachoeiras o alerta extra é para trombas d'água após chuvas fortes.

Ligue 193 – E, em caso de presenciar alguém com dificuldades dentro da água, a orientação é não tentar resolver o problema sozinho e buscar auxílio com a maior brevidade possível. “É importante que sempre que alguém visualize uma outra pessoa numa situação de risco, não procure ajudá-la se não tem condições e capacidades para fazer o resgate. Então, ligue sempre 193 e, no máximo, alcance um objeto flutuante para a vítima”, conclui o major Frazatto.

GALERIA DE IMAGENS